quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A DIFERENÇA ENTRE RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE

Fonte :portal arcoíris



A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.


A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer, querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.


A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: "aprende com o erro".


A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e portanto é Deus.


A religião inventa.
A espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.


A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.


A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.


A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência.

A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.
A religião alimenta o ego.
A espiritualidade nos faz Transcender.

A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.

A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro
A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.

A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.

Gentilmente enviado por Sara Almeida Campos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

QUE OS SINOS DOBREM




Neste Natal,
As casas de Porto Príncipe não acenderão suas luzes
Não há paredes e tetos para serem iluminados.
Os meninos não pedem presentes
Muitos querem, apenas, o colo de mãe e riso de irmão.
Os meninos de Porto Príncipe
Como todos os outros meninos do mundo sonham.
Sonham com banhos em água abundante e limpa
Sonham com uma casa de paredes fortes
Que as cozinhas deixem de habitar as calçadas.
Os meninos de Porto Príncipe sonham
Com os portões das escolas abertos
Com a vida deslizando nos trilhos da rotina.
Neste Natal
Os meninos do Haiti pedem a simplicidade de ser menino.

Luísa Ataíde

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A LEI DA DOAÇÃO


DEEPAK CHOPRA
A segunda lei espiritual do sucesso, a lei da doação, se apoia no fato de que tudo no universo opera por intermédio da troca dinâmica. Toda relação envolve dar e receber, pois estes constituem aspectos diversos do fluxo energético no universo. Se interrompermos o fluxo de energia, iremos interferir na inteligência da natureza. Precisamos dessa troca para manter a circulação do dinheiro, ou do que desejarmos em nossas vidas.
"Moeda corrente"  forma como nos referimos ao dinhiero, deriva de uma palavra latina que significa " escorrer ou fluir". O dinheiro é um símbolo da energia vital que damos e da qual recebemos em decorrência do que fazemos pelos outros. Tal como num rio, o fluxo do dinheiro precisa ser mantido para se evitar que comece a acumular e estagnar. A circulação o conserva vivo e vital. Se interrompemos a circulação de energia vital, se nossa intenção é nos agarrar ao dinheiro e fazê-lo acumular, nós o impedimos de retonar à nossa vida.
A intenção por trás dos atos de dar e receber é o elemnto mais relevante. Quando a ação de doar´é genuína, incondicional e ditada pelo coração, então a energia subjacente à doação  é multiplicada. Mas se fazemos uma doação relutante, não há energia por trás dela. Se encararmos o ato de doar como uma perda, então a dádiva não foi realmente concedida e não produzirá nenhum efeito.

A lei da doação é simples: se você quer amor, aprenda a dar amor: se você quer atenção e apreço, aprenda a dar o mesmo; se você quer abundÂncia material, ajude outos a ser materialmente felizes. Se você deseja ser agraciado com todas as boas coisas da vida, aprenda a silenciosamente abençoar a todos com o mesmo. Quanto mais doar, mais receberá. Em seu emprenho em dar aquilo que está buscando, você ira manter a abundância do universo circulando em sua vida.
A Abundância tem expressão material, mas o que realmente está em circulação é  a consciência. Até o pensamento de doar, o pensamento de abençoar ou uma simples oração tem o poder de influenciar os demais. Somos feixes de pensamentos num universo pensante , e esses têm o poder de transformar.
A melhor forma de experimentar a lei de doação é presentear a todos com o que você entrar em contato, não necessariamente com coisas materiais. As doações de carinho, afeto, apreço e amor são as mais preciosas que você pode oferecer, e não lhe custam nada.
Uma das coisas que me ensinaram na infância é nunca chegar a casa de alguém sem levar um presente. Você talvez diga: " Como posso doar aos demais, se eu não tenho nem o suficiente" Você pode levar uma nota por escrito que diga albuma coisa sobre seus sentimentos à pessoa que está visitando. Você pode levar uma flor, um cumprimento ou uma prece.
Sempre que encontrar alguém, mande uma benção silenciosa para aquela pessoa. Essa espécie de dádiva silenciosa tem muito poder. Procure doar em todos os lugares por onde passar e, de acordo com a forma que o fizer, irá receber. À medida que for recebendo, maior se tornará sua capacidade de doar, e mais confiança irá adquirir nos efeitos miraculosos dessa lei.
Não há nada que lhe faça falta porque sua natureza essencial é de pontencialidade pura e de possibilidades infinitas. Você detém uma influência inerente, não importa quanto dinheiro tenha, porque a fonte de todas as riqueza é o campo de potencialidade pura que sabe como atender cada necessidade.
Dar e receber são o mesmo que fluxo da vida- a integração harmoniosa de todos os elemntos e forças que estruturam o campo da existência. A troca energética de um processo que tem um cronograma, uma organização e uma beleza próprios. Sua vida se expande da mesma forma. Tudo o que vem a você não é algo que tenha tabalho para ganhar, e sim uma dádiva concedida pelo universo, o que resulta de uma profunda consciência daquilo que você necessita.
Pense em rodas as coisas que lhe foram dadas de graça, sem a necessidade de tê-las pedido. A mera experiência da gratidão lhe permite participar da lei da doação. A natureza apoia cada necessidade e desejo, inclusive sua necessidade de alegria, amor, risos, harmonia e conhecimento Procure obter, primeiro essas coisas- não só para si, como para os outros - e todo o resto voltará espontaneamente.

Para vivenciar a lei da doação:

*** Dê um presente a cada pessoa que encontrar, seja um cumprimento, uma flor ou uma prece. Isso dará iício ao processo de circulação da alegria e da afluência em sua vida e na dos outros.

*** Receba com gratidão todas as dádivas que a vida lhe oferecer: Esteja aberto a receber, quer se trate de um presente material, cumprimento ou uma prece de outrem.

*** Em silêncio, deseja a cada pessoa encontrada : felicidade, alegria e risos. Por meio dos autos de dar e receber carinho, afeição , apreço e amor você manterá a riqueza circulando em sua vida.

Do Livro- As Sete Leis Espirituais do Sucesso
Editora Best Seller

domingo, 19 de setembro de 2010

Como Reconhecer Alguém de Brasília ( Repassando email)

Hoje, é fácil distinguir um morador de um visitante.

Basta observar:

* O morador diz que um lugar fica perto quando a distância é de 50 km .

* Para ele, Rotatória é balão, Retorno é tesourinha, Pintado é surubim,

* Funilaria é lanternagem, Radar é pardal, Encanador é bombeiro.

* Sabe que Samambaia não é uma planta, Venâncio não é nome de gente, Asa não é para voar, entrar no Eixo não endireita ninguém e Escola Classe significa escola.

* Conhece pelo menos cinco pessoas que cursam Direito.

* Pelo menos uma vez, apressou-se em atravessar a rua para escapar da chuva que caía no outro lado (numa cidade bem planejada, chove por setor e com hora marcada).

* Apesar de tudo, sente-se normal quando a umidade relativa do ar cai a 10%.

* Ao ver-se num engarrafamento por mais de três minutos, manobra rápido no canteiro central e escapa do congestionamento, dando a volta pelo setor de clubes ou pela estrutural.

* Usa numerais no feminino: Ele nasceu na 12, estudou na 6 e hoje mora na 13.

* Domina bem os endereços em coordenadas cartesianas e adaptou-se às diferenças entre as quadras.

Se o endereço é nas 100, 200 ou 300, trata-se de um apartamento bom; Nas 400, prepara-se para subir escadas; Nas 700, vai mais cedo para procurar estacionamento.

* Vê com naturalidade a definição das áreas: setor de diversões, setor de abastecimento, setor de inundações, setor das gangues...

* Entende muito bem o que significa dizer: "Eu moro no Lago".

* Vê um motorista fazendo peripécias em Taguatinga e diz "Só pode ser goiano".

* Sabe que churrasco no clube, quase ninguém vai para a piscina, algumas mulheres arriscam até usar salto.

* O lugar de passar feriados, provavelmente é em Caldas Novas ou Pirinopólis.

* Em feriados prolongados sempre encontra algum engraçadinho dizendo: "Apague a luz da cidade o último que sair".

* Gentilmente, cede passagem ao motorista que faz sinal com o polegar para furar fila ou que se posiciona à esquerda quando pretende virar à direita.

* Tem 18 parentes fazendo cursinho para concurso público. Outros 20 já são concursados.

* Fica chateado quando lhe pedem para dar um recado ao Presidente.

* Dedica-se muito (e reclama pouco) quando vai contratar uma secretária doméstica. Aprendeu que nesse difícil processo, o entrevistado é ele. Caso se saia bem e adote boa política de RH, talvez a candidata o escolha como patrão.

* Fica indignado quando alguém de fora diz que a melhor coisa para se fazer em Brasília é ir ao aeroporto e pegar um avião pra praia.

Mas, quando ele pode, faz exatamente isso.

* Apesar de fazer bico, para em faixas de pedestre e acha o cúmulo quando vai a outras cidades e os locais ameaçam bater em sua traseira caso ele continue parado!

* Seu roteiro mais assíduo para os sábados de manhã é: revendas de carros, lojas de construção, clube ou uma visitinha aos parques para caminhar.

* Algum dia deixou o carro em fila dupla para ir ao banco. Outro dia, teve o carro preso na fila dupla e espumou de raiva. Mas, nessas horas, costuma sorrir compreensivo quando a motorista que o trancou retorna meia hora depois, com aquele simpático "Oh, Descuuulpe!".

* Quando vê o dia começar friozinho, sabe que até a noite a temperatura ainda vai subir e descer algumas vezes. Ou vice-versa.

* Não reclama ao ver que a boate da moda dura só três meses. Consola-se com os bares, que duram alguns dias mais.

* Quando viaja para Porto Seguro, é confundido com agressor de garçons e incendiário de índios. Nos demais lugares, pode ser visto como membro de quadrilhas políticas.

* Conhece 20 pessoas que foram ao Rio de Janeiro uma vez na vida e têm mais sotaque que o verdadeiro carioca. (verdade! risos)

* Acha que Brasília é o melhor e mais civilizado lugar em todo o mundo!

* Se a pessoa que você conheceu se enquadra em pelo menos 10 dessas condições, realmente é de Brasília. E também é gente boa, trate-a bem!

sábado, 4 de setembro de 2010

Z?


Ontem à noite, aqui no parque, choveu muito. As folhas acumuladas na última semana  foram-se com a água. Hoje o sol está tão forte que temos que sair de casa antes dele. É preferível que seja, elas começam a chegar depois das sete. Elas, as naves longas e emborrachadas. Cada vez mais ligeiras, passam rente nossas cabeças. O apocalipse é todos os dias.
Todos os dias milhares de nós são dizimados no planeta. Dizem que há guerras imensas neste mundo. São Projéteis gigantes que cruzam o céu. Os mais velhos nos contam que eles matam por muito pouco. Será verdade? È possível, nunca deixaram de nos triturar, mas sabem que existimos, há livros sobre nós, nossa anatomia, histórias inteiras de nossos antepassados. Os mais jovens, às vezes, param e nos observam: então sabemos que não somos invisíveis. Há perigo nisso também. Louvados sejam os bons corações dos meninos.
Dizem que há vida depois do lago. O lago é aquele em que moram os peixes gigantes. Os meninos vão até lá e dão pães aos peixes. Os meninos sorriem, o barulho do riso é agradável. Nossas crianças sorriem em perfeito silêncio, a infância é curta. Mas cá embaixo, depois do grande túnel , a vida é serena. Há lagos sem peixes e muita fartura de folhas. Dividimos o trabalho e as crianças aprendem. Se quisermos as estrelas, vamos até lá fora e, abrimos os braços para elas. Se não houver muita brisa não há perigo. Vivemos aquém do muito. Nem muita chuva, nem muito sol, nem muito vento.
Dizem que o planeta é dez vezes o lago dos meninos e dos peixes. Será que existe um planeta assim? Há em tudo uma centelha divina, nos diz o grande livro. Eles, os meninos e seus pais, devem ter a tal centelha também. Quem sabe um dia já fomos como eles, mas todo o ser vivente, evolui nos diz a extrema Sabedoria. À noite, em círculos, sob as estrelas, damos as mãos e agradecemos. Agradecemos por estar num planeta dez vezes maior que o grande lago, e convivermos com seres tão primários. Fugir sempre deles faz parte do nosso crescimento, quem sabe a última missão até ascendermos em direção às estrelas.

L.A

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

SE UM CÃO FOSSE SEU PROFESSOR ( repassando email)

Texto de Ramiro Ros

Se um cachorro fosse professor, você aprenderia coisas assim:

Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.

Nunca perca uma oportunidade de ir passear.

Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.

Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.

Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.

Corra, pule e brinque todos os dias.

Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem.

Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.

Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore.

Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.

Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado...volte e faça as pazes novamente.

Aproveite o prazer de uma longa caminhada.

Se alimente com gosto e entusiasmo.

Coma só o suficiente.

Seja leal.

Nunca pretenda ser o que você não é.

E o MAIS importante de tudo....

Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar.

A amizade verdadeira não aceita imitações!!!

E NÓS PRECISAMOS APRENDER ISTO COM UM ANIMAL QUE DIZEM SER IRRACIONAL!!!!

domingo, 1 de agosto de 2010

A ARCA DE NOÉ- CONTO

Lá vai São Francisco pelo caminho
De pés descalços tão pobrezinho
Dormindo à noite junto ao moinho
Bebendo a água do ribeirinho...
Lá vai São Francisco de pé no chão
Levando nada no seu surrão
Dizendo ao vento
Bom dia amigo,
Dizendo ao fogo
Saúde, irmão” - São Francisco, Vinícius de Morais.


Às cinco horas da tarde quando o vento tomba os lençóis no varal e varre as folhas da rua, qualquer pedido feito com uma caixa estendida nos faz olhar um pequeno grupo de meninos como um santo olha os fiéis do altar: com respeito e comiseração.

− Só hoje mãe, amanhã a gente arranja um lugar pra ele, vai chover e ele tá morando lá embaixo da árvore.

− O que é isso? Um rato?

− Não mãe, é um gatinho.

Lá estava eu concordando com vinte quatro horas de hospedagem. É claro que o gato cresceu e fez parte da família, assim como o pinto de cor lilás comprado na feira.

− Achei tão bonito e o menino se encantou com ele. Tinha de todas as cores, você precisava ver!

Pelos dias dos pais e pelo encantamento do menino, o pinto que dias depois era um pequeno ser cor de rosa andando pela casa, por algum tempo, fez parte da família. Temi pela segurança dele. Seguia qualquer um, piando sem parar, como se perguntasse se sabíamos aonde era o planeta de seres de penugens coloridas como ele. Nunca obteve a resposta. Uma semana depois ao chegar do trabalho, vi o cortejo fúnebre em direção ao fim da rua. Uma caixa com flores e meia dúzia de meninos cabisbaixos diziam adeus a uma pequena ave esmagada pelos pés do filho do meio.

− Esse moleque é desastrado mãe, matou o pinto! O acusado  deu-me  um olhar de socorro, não tive culpa.

Alguns dias depois caiu na área de serviço, o pássaro azul e branco. Cauda longa, asa quebrada.

− Mãe, a gente pode ficar com ele?
 −Não, passarinho tem que viver livre.
 −Ah... mãe só até ele sarar.
 _Está bem, mas tem que ficar solto. As paredes do fundo são altas, ele não dá conta de ir embora mesmo.

O lindo pássaro azul, que por mais que eles buscassem nos livros não descobriram a família viveu por três semanas na área de serviço. O canto matinal entrava pelos quartos e como se vivêssemos no campo recebíamos os dias. Lá fora está uma floresta imensa me esperando, era o que eu sentia enquanto calçava os chinelos para ir à cozinha.
Numa manhã estranhei o silêncio do hóspede alado. A área de serviço estava vazia, ele de novo era uma ave forte. Voara pro mundo, sem adeus, sem bilhete de despedida.

              Quando a vida corria em seu leito de normalidade, chegou Roger – o coelho branco. Aquela coisinha macia dormia no meu braço, como um anjinho que caiu do céu. Havia suspiros pela casa, tão encantados estávamos com o ser angelical. Passou o tempo e o coelho cresceu, assim como alguma coisa libidinosa dentro dele. Ele conhecia cheiro de mulher, com um olfato de lobo caçando lebre. Alvoroçava-se e dava pinotes. Se fosse um daqueles dias de ciclo feminino, o coelho enlouquecia. Eu só podia cuidar dele de calças compridas. Tudo bem, mas o que fazer com as visitas?Alguns minutos depois que uma amiga chegava, lá estava o coelho exibindo o sexo rosado. Engraçado para as mais chegadas, constrangedor para as visitas formais. Era ainda, péssimo exemplo para os meninos que viviam tentando explicar ao coelho que aquele era um comportamento impróprio diante das damas. Inútil: um dia doamos o coelho ao vizinho.
− Como vai o Roger?
 − Ah... tá... tá... tá bem.
 Senti um cheiro de coelho assado no ar. Desviei a atenção dos meninos e nunca atendi aos pedidos de ir ao sítio para rever o bicho. Seria cruel demais.

Antes do cachorro, para ajudar na cura de uma depressão extremada do menino mais novo que acabara de chegar aos doze anos, morou lá em casa um papagaio. Achei muito esquisito o pedido, mas o que não fazemos para ajudar os filhos? Uma doença emocional tira-nos do eixo, e fragiliza-nos a vontade.

− Está bem, mas não gosto de aves presas.
 E acredite, tivemos um papagaio voando pela cozinha. As janelas viviam fechadas e os rasantes sobre a panela de água quente eram frequentes. Um dia pensei: isto é surreal é melhor que tenhamos um cachorro.

O gato? Quando adulto fugia para o telhado para namorar e de lá para a boemia noturna. Voltava sempre machucado.Morreu na UTI de uma virose antifelina. Foi um chororô sem fim, jurei nunca mais ter bichos.
 Finalmente entre nós um cão. Uma cocker que roeu doze pares de sapatos, quatro controles remoto, o sofá novo e mais uma lista interminável de objetos. Alguém mencionou ser saudável que ela tivesse filhotes e lá estavam cinco filhotes correndo pela casa arrastando as meias do cesto.

Aos poucos, as histórias dos bichos se tornam risos e logo serão lendas de um tempo que nunca mais viveremos. Sim, todos os bichos merecem o céu. Tem algo mais angustiante que miado de gato no meio da noite? Ele tem fome - penso, e se perdeu da mãe. Chego à janela e tento ouvir o lamento. Um dia , quando eu me for, encontrarei São Francisco andando pela noite com um pires de leite atrás de um gato faminto.  Francisco irá sorrir e dizer que todas as aves, coelhos, cães e felinos são simples instrumentos de nossa paz.

Luísa Ataíde

domingo, 20 de junho de 2010

A CIDADE DE NÊUTRONS





Luiz Martins da Silva



Do alto de uma torre panorâmica, um homem

contempla a outrora conhecida cidade.

E tudo o que vislumbra além de prédios

são pungentes lembranças,

estas a que, normalmente, chamam de

passado.



De todas as prisões a mais solerte era

ter todas as portas escancaradas,

mas sequer um ruído, um alô...

era como se todos estivessem

numa redoma blindada.



Havia sinais de vida por todos os lados,

mas tudo seguia como

se tudo fosse indiferente e alheio.



Tinha, assim, todo o mundo à frente,

mas tudo estava distante

e silente.



Estava ali, ecce homo, grau zero de Humanidade.

mal acabando de nascer,

aos 46 anos de idade.



Era um estado de coma,

e, ao mesmo tempo, desperto?

Era a cidade, ainda linda, mas

deserta.

domingo, 13 de junho de 2010

QUEBRANDO PARADIGMAS


Imagine mais de 30 membros da Companhia de Opera da Filadélfia, no meio do povo em um mercado, como transeuntes comuns e de repente começam a cantar La Traviata.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

SONETO DO AMIGO


                Vinícius de Moraes

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Gentilmente enviado por Keila Abreu 
Gentilmente dedicado à Keila, por seu aniversário.

domingo, 23 de maio de 2010

NO CORAÇÃO DE BODHISATTVA GUAN-YIN- CONTO


"Se Buscas a saúde física e psíquica
de forma integral, aprendes a amar.
Irmã Scheila'
''

Possivelmente, a melhor fotografia de nossa fragilidade estampa-se nas imagens dos telhados sob luz noturna: folhas secas e pequenos corpos de aves mortas. Nos prédios altos, os outdoors e parabólicas assemelham-se a Samurais petrificados cujas lanças avançam em direção à escuridão do céu. Assustadoramente inertes não protegem as almas que deixam sob os lençóis os corpos adormecidos e voltam às terras outrora habitadas. Contudo, paira sobre o planeta a vigília dos espíritos abnegados que deixam cair sobre os aflitos as pétalas da misericórdia.
Lembro-me da aparente normalidade daquelas manhãs de Fevereiro antes do grande Dilúvio. Quando as primeiras ondas invadiram a sala, discutíamos, na mesa da cozinha, se as aulas começariam naquela quinta-feira pós Carnaval.
– Acho que não tem aula não, mãe, deve começar segunda-feira.
Cruzamos a porta em direção ao elevador e não sentimos os pés já cobertos pela água. Lá fora o trânsito apresentava-se calmo para um dia de semana. Não havia nenhum engarrafamento no trajeto ao colégio e agradeci mentalmente aos céus por não começar o dia com buzinas e freadas bruscas. Quando cruzamos o grande portão da entrada da escola e a moça nos estendeu o ticket do estacionamento, considerei que estávamos atrasados para a primeira aula. Talvez um equívoco do relógio nos últimos dias do horário de verão. A estranheza da moça ao adolescente uniformizado no banco ao meu lado foi completada pela comunicação que as aulas só começariam na segunda-feira. Fiz o retorno do carro e observei o olhar cristalizado de Yuzo. Não houve a partir daí nenhum comentário ao meu monólogo sobre a nova escola e a responsabilidade que isto significava. O menino estava a anos-luz de distância das linhas que corriam o asfalto embora observasse, em silêncio, o traço alongando-se no chão.
A grande tempestade que subitamente arrastou o telhado e destruiu parte da casa só foi percebida algumas semanas depois. O menino já não se dedicava aos livros e as explicações vinham monossilábicas e ásperas. Yuzo não se via parte da realidade cotidiana de estudar, alimentar-se, rir sem motivo. Preso na grande sala escura nutria-se da teia da melancolia que tecia ao seu redor. Do lado de fora estavam a família, a escola, o vento no cabelo. Eu via nitidamente a água avançar em direção aos ombros. Em alguns momentos os olhos pediam socorro, o que demonstrava que buscava uma saída. De onde estávamos seguíamos os procedimentos básicos de salvamento: remédios, terapia e fé. As extensas horas de sono compunham a realidade vegetativa dos seus dezesseis anos. Havia vozes dentro dele, elas gritavam ordens de desilusão e morte. Não havia domínio sobre os pensamentos. A mente inquieta e febril ordenava-lhe que pulasse em direção ao abismo. As vozes ecoavam em sua cabeça e ele acreditava no que ouvia. É real, dizia.
– Não é real, são apenas pensamentos que você não consegue dominar. É sua voz interior que adoeceu. Só isso.
Os meses seguintes nos deram de presente uma ausência que parecia definitiva. Não conseguia imaginá-lo voltando ruidoso e alegre depositando o skate na entrada da porta. Não conseguia ver, da varanda, o cabelo escuro balançando ao vento e a queda seguida da risada sonora. Esses movimentos não pertenciam a Yuzo, mas aos outros meninos da vizinhança. Os veículos escolares paravam, pela manhã, na entrada do prédio. Somavam-se mais mochilas amontoadas no canto do carro. Eram os outros, sempre os outros.
O primeiro diagnóstico que recebemos era uma palavra feminina e grande; interminavelmente grande, eu não ousava repeti-la. Na aridez que o destino sinalizava, percebi um pequeno galho verde que nascia entre as pedras. Os questionamentos incessantes sobre a vida, a alma, a razão porque sofremos, que só deveriam apresentar-se ao menino nos próximos dez anos estavam todos com ele e exigiam resposta. Eu não sabia em que parte do deserto estava o copo de água necessário, então propus que faríamos a busca juntos. Lemos tudo que nos foi possível chegar às mãos. Yoga, Filosofia, Literatura. Ouvimos música, caminhamos pelo parque, fomos muito ao cinema. Líamos e meditávamos o Evangelho do Cristo. Um dia ele me comunicou que descobrira a razão de todos os martírios:
– Eu fiz mal a muita gente. Muitas pessoas sofreram por minha causa.
Eu lhe dei por resposta o silêncio. Não podia confundi-lo com minhas convicções sobre as multiplicidades das existências e que nossas almas trazem a marca indelével dos nossos atos. Ali, havia apenas um adolescente em lágrimas. Aquele era o seu momento de constatação e mudança.
Quase dois anos depois daquela manhã de Fevereiro que seus olhos cristalizaram-se nas linhas do asfalto e ele se desconectou de sua juventude – Yuzo sorri com serenidade. Não existe mais o adolescente de riso alto e pressa. Pais, irmãos e amigos sinceros uniram-se em respeito e colaboração, ele subiu do subterrâneo que afundara. Com suas próprias mãos voltou à luz do sol.
Hoje, Yuzo cultiva a harmonia do bem, o respeito ao corpo e a natureza. Adotou uma alimentação saudável, corre todas as tardes no parque e não precisa de antidepressivos. Voltou aos estudos e quer ser Veterinário. Considera-se adepto aos ensinamentos do Mestre Jesus sem nenhuma denominação religiosa. Na verdade, rejeita denominações religiosas. Ainda faz muitas indagações e não dispensou a Terapia. O caminho pleno, sabe, ainda não foi conquistado. Canta e ri como qualquer rapaz de sua idade. Não, canta todos os dias. Matriculou-se numa escola de canto.


L.A
NOTA: A figura da Virgem Maria é a que mais se aproxima de Bodhisattva Guan-Yin, não somente porque ambas simbolizam – cada qual na sua tradição – a pureza, a coragem, e a fé, mas principalmente porque representam o amor feminino (essencialmente materno), a compaixão e a misericórdia, ou seja, aquela que tudo perdoa. Bodhisattvas (em chinês, pu-ti-sa-to, , ou pu-sa são espíritos perfeitos, como explica Karl Ludvig Reichelt, em Truth and Tradition in Chinese Buddhism.
Kuan-Yin, um dos cinco bodhisattvas mais conhecidos, é o Avalokitesvara Indo-Tibetano, a divindade que atende ao grito da angústia, e se volta para o sofredor. Esta figura, pouco a pouco, vem se destacando mais que outros bodhisattvas para significar o espírito, o misericordioso e bondoso espírito que acende em todas as criaturas o desejo de uma renovação do coração, e que os protege contra toda dor e tristeza. Ela se tornou a Senhora compassiva do oriente.
Conta-se, na tradição popular, que ela foi uma princesa na antiga Índia, a mais bela e piedosa entre todas; não gostava de vestidos luxuosos, nem de pratos finos feitos com carnes de animais, embora tudo isso lhe fosse oferecido como direito. Alimentava-se de verduras, porque não suportava ver animais sendo mortos; vestia-se de panos grossos porque gostava de ser simples; e era a mais piedosa entre as filhas. Mas quando chegou o momento de casar, fugiu do palácio porque queria buscar o seu caminho e se dedicar ao ascetismo, seguir o exemplo de Buda. Ao ser obrigada pelos seus pais a contrair casamento, ajoelhou-se diante do palácio do rei, durante dias e noites, sem nada comer, passando frio e tomando vento e chuva, apenas recitando o “Sutra da Grande Compaixão”. E assim, sua fé venceu todas as barreiras. Quando alcançou o Nirvana, não teve desprendimento suficiente para deixar o mundo, porque a sua compaixão era tão forte e infinita que lhe deu forças para fazer o maior voto que alguém podia desejar realizar: “enquanto houver almas sofredoras sobre a face da Terra, não abandonarei esse mundo, e ajudarei todos a alcançar a libertação”. E assim, ela é oficialmente chamada a “Grande Misericordiosa e Grande Compassiva Bodhisattva Guan-Shi-Yin”. Em chinês, significa literalmente: “Aquela que vê e que ouve o Mundo”). Ela atende todos os apelos. Por mais desesperadas e “perdidas” que as pessoas possam estar, ela é incapaz de abandonar quem quer que seja, budista ou não, pois, na compreensão budista, todos os homens são de natureza búdica (luz que reflete a si mesmo), pouco importa a que religião pertençam; ou seja, seres humanos são budas em potencial. As graças que propiciam a salvação, quer pela Maria Mãe, quer pelo Bodhisattva, nos são oferecidas, de forma aberta e maternal, pacientemente, incondicionalmente e eternamente.
(Ho Ye Chia, Universidade De São Paulo.)

sábado, 15 de maio de 2010

TEMPO CICLÓPICO

Gravura- Gustave Doré
Luiz Martins da Silva
Eternas palavras
tão antigas quanto
imemoriais parábolas
acerca de tudo.
A que venho hoje, senão
bater-lhes, outra vez, o toque
a senha, o código de entrada
símbolos de acesso.
Quanto tempo em lides externas!
Quanta dispersão!
Quanto de temporal tem o século!
Quantas lições tem o pó!
Retornar de novo à câmara dos poemas
tem este sabor de recomeço
e esta sensação de que tudo volta ao mesmo ponto,
até o vento, até as metáforas.
Volto mais velho.
Foram muitos as circunavegações circadianas.
Leste - Oeste. Leste - Oeste. Nunca, ao contrário.
Acho que até repito erros. Tão bom é aprender a aprender.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

BRASÍLIA




Brasília é governada pelo azul do céu
Pelo sol que sangra sobre o Paranoá ao fim da tarde

L.A

terça-feira, 13 de abril de 2010

A VIDA DÁ MUITAS VOLTAS( repassando email)

As pessoas não carecem de força , carecem de determinação .

21 anos atrás , na casa de uma tia , na África
...


De uma humilde salinha , na África

Para a sala mais poderosa do mundo...

As atitudes movem as pessoas por qualquer caminho, nunca devemos desistir, mas sim lutarmos diariamente por tudo aquilo que mais queremos,e, principalmente, acreditamos.

quarta-feira, 24 de março de 2010

IRENA SENDLER ( repassando email)

(1910-2008)



Uma senhora de 98 anos chamada Irena acabou de morrer.Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazis relativamente aos judeus (sendo alemã!) Irena trazia meninos escondidos no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de sarapilheira, na parte de trás da sua camioneta (para crianças de maior tamanho). Também levava, na parte de trás da camioneta, um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto. Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer. Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.Por fim os nazis apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas e os braços e prenderam-na brutalmente.
Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma arvore no seu jardim.
Depois de terminada a guerra, tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a familia. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adoptivos. No ano passado foi proposta para receber o Prémio Nobel da Paz... mas não foi seleccionada. Quem o recebeu foi Al Gore por uns dispositivos sobre o Aquecimento Global. Não permitamos que alguma vez, esta Senhora seja esquecida!!

segunda-feira, 15 de março de 2010

MÃE TERRA





Soube que Mamãe tá dodói. Alvoroço em volta dela e ninguém se entende. Vieram os médicos, os especialistas, as cartomantes. Fizeram planos, montaram estratégias. Se mamãe não mais respirar o que será de nós? Anda mesmo esquisita, coitada. Às vezes, quando devia rir, chora muito. Por outras faltam-lhe lágrimas. Antigamente confiávamos quando ela olhava o céu no final da tarde e dizia: -Amanhã vai chover.
Ela nos ensinou tanto: respeitm seus irmãos , sempre nos disse. Amem muito, como amam as flores, incondicionalmente, é o grande segredo de ser feliz. Coitada, diz essas coisas sem nexo. Com o tempo mamãe ficou ruidosa. Derruba pedras, revira mesa, pisa nos canteiros. Todo mês temos pelo menos uma ocorrência. Suspeitamos que não anda bem do juízo. Será que abusamos de sua condição de mãe? Antigamente cantava para que dormíssemos. Canções de infância como sopro suave. Hoje mamãe berra da varanda e gira suas hélices vertiginosamente.
Às vezes, suspira fundo, esfrega as mãos no vestido e diz que estragamos tudo. Nós os filhos.

L.A


sábado, 6 de fevereiro de 2010

SAGRAÇÃO DA BANANA



Luiz Martins da Silva
N’outro dia ao vê-la desidratada,
Plastificada, código de barras e coisa e tal,
Pareceu-me dieta de astronauta,
Longe de toda uma infância decheiros
E lembranças fagueiras de quintais.

Houve, portanto, tempo,
Em que disputava com os pássaros
As primeiras aparições amarelo-bandeira,
Sabia, já, então, ser hora de cortar
Aquele umbigão chamado mangangá.

Sabia, já, àquela época,
Não ser a banana patrimônio universal,
Posto que há nações encravados em neves,
Eternas geleiras, coitados dos esquimós...
Soube de histórias de que meus avós...
Bananas, bananas, bananas...
Eram mais fartas do que filhas Anas,
Marias, Odetes, Filomenas...
Nordestinas proles, da era da pataca,
Quando nem se imaginavam anticoncepcionais.

Nas feiras, já quase passadas,
Pingando ouro no fundo dos jacás,
Foram-se os mercados públicos
E com eles a noção de carestia,
Hoje, banana carece poesia.
Ouro, prata, maçã, nanica...
E havia também a de fritar.

Banana da terra e terras bananeiras
E até as repúblicas alimentadas a golpes
De facões e jatos de suor e seiva.
E assim, ao vê-la codificada de pós-moderidade,
E a preços tão impróprios para o povo,
Protesto, quero os meus quintais de volta
E a tua velha reputação deseres popular
E tão barata quanto os perfumes do povo.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

MISS ALOA GREEN- CONTO




Being a Caterpillar can seem to be easy, but when everything in your circuit is very big, every day is a dangerous game. 
I am from this garden, it's my home. I see the stars in the dark sky, I feel the wind blowing through the trees.

 I get up early, at four o'clock, before the sun rises. I live under the grove of trees, next to the white wall. I think there is life beyond the white wall, but the earthworms laugh at me; they don't believe it can be true.

However, he does. He is a Catterpiller like me. He is handsome. Every day he walks in front of my window: _ 

Good morning, Miss Aloa! 
-Good Morning! 
- It's nice to see you!
 _ It's nice to see you, too Mr. Gilbert! 

He and his umbrella go at noon.

In the winter, it doesn't snow, but it is very cold. I wear boots. Hom many? Sixteen. 
The summer is my favorite season. There are fruits, flowers and the bird's sing. Thus are the summer days in the South America.
But nothing is perfect in this world. On Saturday the gardener waters the plants. He makes an ocean in our lifes. Then, I go to school by boat. That is not all... when he uses the lawn mower... it is the "Apocalipse".



My greatest fear is Genessis , the Dwarf. He is stooped in the center of the garden. He doesn't speak, he doesn't smile. He is very serious. I think he sleeps there, standing up.








The gardener and his machine , the rains and the Dwarf of the garden are the dark side of paradise. 

However, the big spirit of the woods, Mother Nature, loves us. I learn day by day, I'm learning,  I'm always learning.



 Luisa Ataide





























Luísa Ataíde

Seguidores

Arquivo do blog

E- BOOK

E- BOOK

MANUAL PARA UM MONÓLOGO AMOROSO de Adriana Canova

Este link levará ao e-book que poderá ser baixado ou lido no próprio local gratuitamente. Para acessar o audio-book gratuitamente, click AQUI

BANDA KADMIO