terça-feira, 29 de março de 2011

Três Poemas



JORGE VICENTE- PT


talvez escrever
seja ascender um pouco mais na minha
condição de humano

digo ascender
porque não posso dizer entregar
o corpo ainda não me permite

ainda se sustém
no ritmo das sílabas
na junção de cada uma das palavras,
no encadeamento subtil
de cada respiração
que leva a outra e a outra e a todos os
caules das árvores abertas
ou por abrir

talvez ascender
demore a conjugação do corpo
com o sexo aberto das árvores

e não permita a vivência
e o sentir desmesurado de
ser-se
presente na nascência das folhas.


Fonte: A alma do Jorge
e Revista Triplov

sábado, 5 de março de 2011

FORMAS DEVOLUTAS

        Luiz Martins da Silva

Para Lelê, Tininha, Rose, Helival, João... Josés... Marias... Marusquinhas...

Perdi da noção a forma,
Tal a fórmula da existência
Que nos habita na terra,
Água, sangue, osso, esterco...

Mas da forma já me perco,
Pronúncia da forma o fim.
Serei puro, ar, imanência,
Já assovia o vento em mim.

Terei saudades da ‘fôrma’,
Esta que nos estrutura
E até nos encarcera:
Na ilusão, literatura.

Formar da rosa o jardim;
Plantar e pendoar o milho,
Dar feijão e feição aos filhos;
A Deus devolver seus querubins.

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