domingo, 20 de junho de 2010

A CIDADE DE NÊUTRONS





Luiz Martins da Silva



Do alto de uma torre panorâmica, um homem

contempla a outrora conhecida cidade.

E tudo o que vislumbra além de prédios

são pungentes lembranças,

estas a que, normalmente, chamam de

passado.



De todas as prisões a mais solerte era

ter todas as portas escancaradas,

mas sequer um ruído, um alô...

era como se todos estivessem

numa redoma blindada.



Havia sinais de vida por todos os lados,

mas tudo seguia como

se tudo fosse indiferente e alheio.



Tinha, assim, todo o mundo à frente,

mas tudo estava distante

e silente.



Estava ali, ecce homo, grau zero de Humanidade.

mal acabando de nascer,

aos 46 anos de idade.



Era um estado de coma,

e, ao mesmo tempo, desperto?

Era a cidade, ainda linda, mas

deserta.

domingo, 13 de junho de 2010

QUEBRANDO PARADIGMAS


Imagine mais de 30 membros da Companhia de Opera da Filadélfia, no meio do povo em um mercado, como transeuntes comuns e de repente começam a cantar La Traviata.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

SONETO DO AMIGO


                Vinícius de Moraes

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Gentilmente enviado por Keila Abreu 
Gentilmente dedicado à Keila, por seu aniversário.

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