domingo, 20 de junho de 2010
A CIDADE DE NÊUTRONS
Luiz Martins da Silva
Do alto de uma torre panorâmica, um homem
contempla a outrora conhecida cidade.
E tudo o que vislumbra além de prédios
são pungentes lembranças,
estas a que, normalmente, chamam de
passado.
De todas as prisões a mais solerte era
ter todas as portas escancaradas,
mas sequer um ruído, um alô...
era como se todos estivessem
numa redoma blindada.
Havia sinais de vida por todos os lados,
mas tudo seguia como
se tudo fosse indiferente e alheio.
Tinha, assim, todo o mundo à frente,
mas tudo estava distante
e silente.
Estava ali, ecce homo, grau zero de Humanidade.
mal acabando de nascer,
aos 46 anos de idade.
Era um estado de coma,
e, ao mesmo tempo, desperto?
Era a cidade, ainda linda, mas
deserta.
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