segunda-feira, 13 de junho de 2011
UMA VELHA AGENDA
Luiz Martins da Silva
Qual sacrário resgatado
De uma arqueologia profunda,
Rostos cobertos de algas
Um a um vou acordando.
Titanic de gaveta,
Quando se busca um acaso,
De repente, quase um susto,
Achar um tesouro esquecido.
Incrível, quantos despojos,
Guarda consigo o escuro.
Em parte, talvez aproveite,
Outros, irrecuperáveis dígitos.
Abecedário de eras,
Dunas da hipotermia,
Do meio de tanto lodo,
Algo de mim vem à tona.
Lembro, como há bem pouco:
“Anota meu telefone..."
Que faço, agora, com ele
Vestido de escafandro?
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