Murilo Mendes
A mulher do fim do mundo
Dá de comer às roseiras,
Dá de beber às estátuas,
Dá de sonhar aos poetas.
A mulher do fim do mundo
Chama a luz com um assobio,
Faz a virgem virar pedra,
Cura a tempestade,
Desvia o curso dos sonhos,
Escreve cartas ao rio,
Me puxa do sono eterno
Para os seus braços que cantam.
óleo sobre tela- Steven Kenny
Gentilmente enviado por Osmar de Oliveira Aguiar
a mulher do fim do mundo sonha com os pássaros em meus braços.
ResponderExcluirmuito bom poema, amiga.
grande abraço de portugal
jorge vicente